Entre outras coisas maravilhosas que a geringonça já nos trouxe chega-nos agora o ‘remake’ das Conversas em Família.
Costa, certamente deslumbrado consigo mesmo e com o Orçamento que nos vai alçar a cumes de crescimento jamais alcançados, faz-nos entrar no tempo das Conversas em Família 2.0.
E talvez haja aqui um paralelismo com o antigo regime, onde a televisão era explicitamente usada para exercícios de propaganda no estertor do Estado Novo.
Para além da patética redução da política a um paupérrimo exercício de comunicação, importaria muito pensar o tipo e a qualidade da comunicação. Afinal a geringonça devolve-nos um Ministério da Cultura que, não andasse entretido a distribuir alcavalas a “criadores”, já se teria ocupado a pensar verdadeiramente numa política de comunicação. E, já agora, já que existe, de cultura.
Mas antes assim. Todos conhecemos a inclinação socialista para a usurpação dos media e para colocá-los ao serviço da instrução e educação deste pobre povo. Deixemos o ridículo brilhar em todo o seu esplendor.
Diário Económico | 17.02.2016