esterilidade

Deixarmos como legado a ruína. E também o asfalto betuminoso.
Talvez o programa - «vias de comunicação» - paradigmático do modernismo: o pragmatismo da máquina automóvel e da performance da velocidade, a celebração da técnica como progresso social. O esplendor do funcionalismo.
Se recorrermos a épocas anteriores verificamos a «polissemia» dos espaços. Como se um convento pudesse ser outra coisa que cada tempo assim o ditasse. Ou um palacete de outrora se dispusesse a servir agora de sede de uma qualquer instituição ou empresa. Uma auto-estrada será sempre uma auto-estrada. Sem possibilidade de reapropriação pela necessidade de cada geração.

Recorrendo a Tafuri e à topologia como declaração social, as auto-estradas revelam a esterilidade modernista.







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