Se o western já não é um género e mais um tema a paisagem já não é aberta e redentora (Ford) mas claustrofóbica e pedaço inapelável da própria narrativa. É a narrativa agora território onde se espalham os estilhaços das personagens. Uma declaração dos contornos psicológicos de quem percorre a paisagem. A Fronteira não é a promessa: a Fronteira é uma paisagem psicológica onde se coreografa a morte permanentemente anunciada. O Great Wide Open é a assombrada errância de Jesse James e da lenda em que ele próprio se converteu. A encenação na beleza da paisagem de um destino que transcende já no aqui e no agora. |
poetry don’t work on whores
- | João Amaro Correia / 18.1.15
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- Labels: a obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica, paisagem, relativismo