Consummatum est,
e eu me consumo
acervo de unhas que me dilaceram
e eu estacado
perfil – homem de figura,
mas assombrado.
Consummatum est,
por nascer ainda
no meu pecado.
Consummatum est,
Minha voz grita
(acaso não grita)
a minha blasfémia.
Consummatum est,
Cristo retirado,
eu posto na cruz.
[Consummatum est | Ruy Cinatti / Verbo - Deus Como Interrogação Na Poesia Portuguesa / Assírio & Alvim, 2014]