[Museu das Missões, Lucio Costa, S. Miguel, Brasil, 1940] Cedo fica claro que a questão, o projecto, é o da identidade. Lúcio Costa, em 1924,viaja a Portugal em busca do conhecimento das origens da arquitectura colonial. Ao mesmo tempo, Raul Lino, esboça o modelo da casa portuguesa e, espantado, reconhece a impossibilidade de referentes unívocos para uma arquitectura tão diversa mesmo, ou sobretudo, num território exíguo. A tensão permanente de Costa é entre a herança, da qual reconhce, também, a impossibilidade de encontro da raiz única e o futuro, comprometido com essa herança e com a radicalidade moderna. É, naturalmente, um projecto cultural. No sentido mais amplo, de continuidade, não de ruptura, de adequação aos novos programas da nova sociedade, dentro de um quadro cultural específico. E do Brasil, dessa tensão, Costa acha um certo desterro (sic.) nas suas origens. |
viagem a portugal
- | João Amaro Correia / 23.12.10
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