traços#2


[Ruínas, Manuel Mozos, 2010]


Se se pensar a ruína menos como um espectáculo e mais como uma experiência, então o filme será ainda menos preciso.
Se a ruína for o legado da ausência das coisas, assumirá a ruína a sua função primeira, de nos ensinar a «experiência da perda». E quer-me parecer que o filme é mais sobre o desaparecimento - de um certo país, ou da ideia de uma certa ideia de país – do que sobre a ausência ou a perda.
A violência do futuro, imponderável, tornado presente e que em Ruínas é ele próprio, o presente, inexorável desaparecimento.