«às vezes vou à missa aqui»*
[Instituto Missionário da Consolata, José Forjaz, Maputo, 2000]
Poderia ser das condições da vida nas grandes cidades muito pobres, de como ainda le mur murant Paris rend Paris murmurant, nestas Paris contemporâneas globais.
Poderia ser dos pátios e das árvores e dos pátios à roda das árvores e das casas alegres que partilham a sua pobreza.
Poderia ser do céu e dos homens sentados na terra, que esperam a manhã que os homens (ainda) não trouxeram.
Poderia ser da sombra fresca sob da varanda alta e tímida e bonita sob o céu fulgor azul
Poderia ser do labor do arquitecto, perseverante de entre condição mais baixa dos homens a que são atirados por outros homens.
Poderia ser da exultação da cor da laranja com que se juntam as formas, numa pequena-grande modesta vaidade.
Poderia ser a humildade daquela pequena luz suficiente que desce do tecto oblíquo suficiente ao coração.
Aos homens, para lhes chegar, é pelo coração.
E pela arquitectura?
*da Elisa
- | João Amaro Correia / 23.2.10
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