passagem

Tudo é santo, tudo é santo, tudo é santo. Não há nada natural na natureza, meu menino. Lembre-se. Quando a natureza te parecer natural, tudo estará acabado. E começará algo de novo. Adeus céu! Adeus mar! Sim, tudo é divino. Mas a divindade é também uma maldição: Deuses amam e odeiam ao mesmo tempo.



Medea | Pier Paolo Pasolini / 1969

É Medeia a estreita passagem (singular e colectiva) que obrigatoriamente teremos que fazer do irracional para o racional. Do mundo informe e caótico organizado pelos nossos demónios à capacidade de tentarmos compreender pelo logos, pela Verdade.

De uma arquitectura «orgânica» incrustada à «realidade natural»
para uma arquitectura calculada para lugar do Homem.