moradas
Casca da árvore nocturna, facas filhas da ferrugem
segredam-te os nomes, o tempo e os corações.
Uma palavra, adormecida quando a ouvimos,
deslizou para debaixo da folhagem:
eloquente há-de o Outono ser,
mais eloquente a mão que o recolhe,
fresca como a papoila do esquecimento a boca que a beija.
A Eternidade | Paul Celan / Trad. Gilda Lopes Encarnação
- | João Amaro Correia / 15.1.15
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