e a minha casa?



O imaginário e o real nem sempre se completavam, por vezes, colidiam.

Voltaríamos ao investimento erótico, tanto mais que o belo conjunto se prestava a um projecto arquitectónico inovador, para uma residência secundária rodeada de amplíssimas zonas verdes, culminando num belvedere magnífico, construído no topo dos dez metros de altura da granja. Isto, claro está, no imaginário, peça essencial do texto realista. Vi-o claramente nos olhares de sonho de um grupo de arquitectos que nos deu o prazer da sua visita. A questão prática, para além de ameaças de projectos de despejo, era o contrato. E se fizéssemos um negócio por fora?

[O Senhor de Herbais, Maria Gabriela Llansol, 2002]



Trazer o ausente presente, tornar físico o abstracto. Desenhar ainda em sombras o que é do arquitecto e do seu treino para a produção da realidade.
O desejo produz a realidade.