Grexit: as lições dos antigos


Le monde est fait pour aboutir à un beau livre.

Stéphane Mallarmé


Não interessa a cosmogonia deste aforismo: universo como um livro perante os nossos olhos impacientes; interessa mais a fina deslocação ética: o amor (necessidade?) à fixação da passagem infinita da história pelos homens circunstanciais. O recolhimento subtil das coisas e nomes que se juntam em folhas.
Como arquitectura. Que recolhe, hábil, violenta, delicada, as circunstâncias dos homens, dos lugares, do tempo, das formas. Que re-significa o que já é. Que muda o que é – transforma – noutro ser. Que trabalha o devir-ser do que ainda é potência. Que abre em si outro(s) mundo(s) através da incisão severa que opera no mundo. Ela própria representação do(s) mundo(s) desejados e realizados.