cotidiano#7
[Parece que sim, Waltércio Caldas, 2010]
Seria solto do corpo então se se confirmassem alguns rumores da filosofia e se alguma da arte não se apresentasse na sua falência. Uma rua ou uma cidade ou o mundo não é sem o que no tempo se foi inscrevendo na carne do corpo. Ainda que ele próprio seja falência diante do que se desconhece. Derivar, à luz de um corpo e de uma cidade, seria uma hipótese de liberdade dentro daquilo que se conhece.
A suspensão é impossível, apesar de tudo, dentro do que se não conhece. A psicogeografia responde apenas pelo desejo do que se conhece. É irremediavelmente irrelevante no território que se estende ainda i-nomeado.
- | João Amaro Correia / 17.9.10
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