um lugar no mundo


[R. São Clemente com a R. Dona Mariana, Rio de Janeiro]

Não é a húbris da The Economist, é antes disso a mistura: da natureza insubmissa com as construções; as escalas múltiplas dessas construções, que reverberam os contrastes maciços da geografia; os sucedâneos gloriosamente falhados de um Niemeyer omnipresente; o cheiro de florestas dentro da cidade; eras de esplendor na pequena moradia de um bairro de moradias e edifícios à la carte (de Atenas) e ilusões de um neo-brutalismo britânico na marca de algum concreto mais cru; tudo em ‘vias de’, longe do remanso aparentemente tranquilo com que o capitalismo hard coisificou, igualitarizou, plastificou, turistificou as nossas cidades da velha Europa.
Ainda não é a cidade. Uma esquina, apenas.