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Lote 4, São Mateus, Terceira, 2007, foto Ana Janeiro

Mais recentes, as moradias unifamiliares da chamada Urbanização da Quinta do Pombal, em São Mateus, surgem como uma série de construções de expressão e formas desiguais, explorando alguma vocação de “arquitectura à moda”, exibindo alguns exemplos de irreverente desenho, com sentido quase experimental das formas, e com uso de tons cromáticos intensos, conjugando o branco e o vermelho (com várias habitações em acabamentos em 2007).


[José Manuel Fernandes in Arquitectura Contemporânea nos Açores, José Manuel Fernandes, Ana Janeiro, 2009]


É naturalmente escasso o entendimento da forma apenas por uma imagem que decorra da forma. A forma não se reduzirá à aparência, por mais sedutora que seja, mas implicará, decerto, uma galáxia de factos, uns mais ou menos dizíveis, outros explícitos ou explicitados, que se juntarão, na invenção, de modo hipoteticamente novo. Moda?, experimentalismo? Talvez, se isso for uma proposta de re-iniciação do conhecimento (meu) e uma tentativa (minha) – naturalmente que em compromisso com o cliente etc., etc., etc. – de entendimento e reordenação original - para o arquitecto, para o cliente, para o lugar, para as necessidade, para o desejo – desse entendimento do real. E perdoe-se-me a presunção ou o narcisismo. Ou ao cliente.
Em todo o caso, sabemo-lo, a moda poderá muito bem ser uma ferramenta plausível para o entendimento do curso das coisas. Mas também isto é capaz de já ter passado de moda.