hospitalidade
[Storm King Wall, Andy Goldsworthy, 1988]
I prefer the edge: the place where countries, communities, allegiances, affinities, and roots bump uncomfortably up against one another—where cosmopolitanism is not so much an identity as the normal condition of life. Such places once abounded. Well into the twentieth century there were many cities comprising multiple communities and languages—often mutually antagonistic, occasionally clashing, but somehow coexisting. Sarajevo was one, Alexandria another. Tangiers, Salonica, Odessa, Beirut, and Istanbul all qualified—as did smaller towns like Chernovitz and Uzhhorod.
Edge People, Tony Judt
Dizer o limite e a margem como redefinição do cosmopolitismo: raiz, cidade, liberdade, não necessariamente termos antiéticos, não necessariamente a condenação à errância incessante.
Se o multiculturalismo abre falência pelo enclausuramento na diferença, se o transculturalismo como modelação permanente e activa e cooperativa de umas comunidades com as outras se rasga a golpe da irracionalidade, redefinamos os limites sem o cárcere ponto da situação. Essa topografia que se localiza e restringe fora do movimento livre das coisas e impede a verdadeira cidadania no mundo; impede a prontidão à recepção do estrangeiro; impede que sejamos estrangeiros na casa do outro.
É de crer que ao arquitecto assistam deveres de verificação permanente do limite. Não necessariamente fronteira, ou a desmultiplicação ininterrupta do ponto. O ponto, a abstracção absurda, a ilimitação organizada por infinitas partes, sem-limite, não serve para o pensamento arquitectónico. Por lhe ser intrínseca a ilimitação.
- | João Amaro Correia / 25.2.10
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