Whormhole



Interstellar | Christopher Nolan / 2014








No fundo, o rigor físico que (dizem) Nolan usou em Interstellar cavou um pouco mais o buraco negro da nossa ignorância científica sobre a causa primeira do Universo, da existência, do sentido de tudo isto. Sobra talvez um detalhe, um pequeno diálogo perdido no meio do filme e do Espaço. Uma hipótese que, tanto quando se sabe, não está em cima da mesa de qualquer laboratório de astrofísica, nem sequer no do Vaticano (por falar nisso, o que pensar da politicamente correcta ausência da hipótese de ter sido Deus o Criador?). Um ensaio que não possa ser, com a tecnologia disponível, exactamente verificada pelo método experimental. A hipótese do Amor ser uma outra dimensão, a juntar às já conhecidas, e de ser essa dimensão a que transcende o reino do tangível e verificável que, apesar de toda a maravilha, nos prende ao meramente sensível.
Se o 'Amor liberta', como se canta desde o nascimento da Humanidade, talvez seja boa ideia dar uma chance a Brand de encontrar algures por aí o que procura desde o dia em que nasceu.