sem disparar um tiro





[Última página do jornal O Globo, 15.11.2011. A Cyrela é uma das mais importantas promotoras imobiliárias da cidade do Rio de Janeiro.]





É este o mantra da pós-operação da Rocinha. Uma reviravolta na narrativa mediátia que, na madrugada de sábado para domingo, progamava o céu a abater-se sobre a cidade.
Repetida à exaustão, a frase ergue-se como fronteira entre o bem e o mal e inventa uma história blindada à realidade. Uma narrativa para ser ela mesma quem a constrói a nova realidade.
Não por acaso, a narrativa que melhor serve, de facto, as partes interessadas no poder sobre a cidade: media, política, imobiliário.