lavoura arcaica


[Newcastle, 2009]



Os olhos no teto, a nudez dentro do quarto; róseo, azul ou violáceo, o quarto é inviolável; o quarto é individual, é um mundo, quarto catedral, onde, nos intervalos da angústia, se colhe, de um áspero caule, na palma da mão, a rosa branca do desespero, pois entre os objectos que o quarto consagra estão primeiro os objectos do corpo; […]


[Lavoura Arcaica, Raduan Nassar, 1975]